LOJISTAS TROCAM PONTOS POR ISENÇÃO DE MULTAS EM SHOPPING

Reportagem publicada pelo site do Diário do Comércio mostra uma dura realidade que a crise provocada pela pandemia do coronavírus impôs aos comerciantes de shopping centers. Com a perda de liquidez de seus pontos comerciais, os lojistas constatam que terão menos prejuízos abrindo mão dos espaços, sem receber nada em troca, para se isentarem das multas em função dos aluguéis atrasados. 

Os vários meses sem faturar e as disputas fracassadas na Justiça para reduzir os aluguéis levaram os comerciantes a encerrarem seus negócios em shopping centers, mesmo os mais tradicionais. Um ponto final que não poupou marcas de longas trajetórias, como a loja de semijoias e acessórios Renata, instalada no Shopping Iguatemi desde a sua inauguração, em 1966.

Com a receita mensal sendo inferior para cobrir os custos de permanência em um dos centros comerciais mais caros do País, a Renata encerrou sua história de 54 anos de atividades. “Com fluxo menor no shopping, teríamos de trabalhar pelo menos três meses para pagar um. Preferimos sair”, afirma Mayra Zikova, sócia-proprietária da loja.

Segundo lojistas, conseguir um comprador para um ponto em shopping sempre foi difícil, em função do poder de veto exercido pelo centro comercial. Agora, com o valor de mercado dos pontos comerciais despencando, essa situação se agravou.

A crise nas vendas e nas relações entre lojistas e locadores de pontos é considerada a pior da história no Brasil. De abril a junho, foram fechadas 135,2 mil lojas no país, superando o número total de 2016 (105,3 mil), de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio).

Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.

Por ACSP