Maior honraria da ACSP é concedida a instituições de destaque na sociedade

São Paulo, 22 de julho de 2024 – A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) segue comemorando e relembrando os 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, movimento do qual a instituição teve papel de destaque. Na tarde do dia 22, o Comitê de Civismo e Cidadania (COCCID) organizou, no auditório do 11º andar, a cerimônia de outorga da principal honraria da Casa: o “Colar Carlos de Souza Nazareth”, concedida a personalidades e instituições que, pelos relevantes serviços prestados à sociedade, tornaram-se merecedoras do nobre reconhecimento público.

Na edição deste ano, foram agraciados com o colar a Escola Politécnica da USP, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e Rotary Club de São Paulo, cujos representantes, respectivamente, Reinaldo Giudici, João Tomas do Amaral e Lívio Giosa, receberam a honraria das mãos do presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine, e de seu vice e coordenador do COCCID, Samir Nakhle Khoury.

Acompanharam também a solenidade o Coronel Camilo, subprefeito da Sé; os vereadores Coronel Salles e Aurélio Nomura; José Antônio Encinas Manfré, vice-presidente e corregedor regional eleitoral; Juarez Moraes de Avelar, presidente da Academia Cristã de Letras, entre outras autoridades.

“Rememorar a Revolução de 1932 nos enche de orgulho, e, homenagear essas três instituições com o Colar, é reforçar seus relevantes serviços à sociedade”, declarou Ordine, agradecendo a presença de todos na abertura do evento.

Das 15h às 18h, os participantes acompanharam, presencial e virtualmente, uma programação especial para rememorar a Revolução Constitucionalista. Entre as atividades, destaque para a execução do Hino Nacional pela Camerata da Polícia Militar de São Paulo, que também tocou duas músicas, entre elas “Sampa”, de Caetano Veloso; declamação dos poemas “Advertência” e “Minha Insólita Metrópole”, de Paulo Bonfim, pelo jornalista José Jantália e Pedro Paulo Penna Trindade; além de solo de violão do Coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda e leitura proferida por Edimara de Lima com reflexão sobre a importância do civismo, cidadania, senso de responsabilidade e dever para com o País. Ambos membros do COCCID.

“Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo [MMDC] não aceitaram a mediocridade da ausência de uma Constituição. Os heróis de 32 souberam romper com a excessiva rigidez da Era Vargas pela busca da real Democracia”, destacou Edimara.

A cerimônia é realizada desde 2004 e a honraria já foi concedida a 85 instituições ou personalidades públicas, entre elas, ex-governadores de São Paulo, como José Serra e Geraldo Alckmin; ex-prefeitos, como Gilberto Kassab e João Dória; Santa Casa de Misericórdia; Exército Brasileiro; Polícia Militar de São Paulo; jornal O Estado de S. Paulo; Fundações Bradesco e Padre José de Anchieta; Maestro João Carlos Martins; Inezita Barroso; entre outras lideranças da sociedade.

O colar é reconhecido e oficializado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto nº 48.033, de 19 de agosto de 2003, e simboliza a luta pela liberdade e construção de um futuro digno e justo, na Revolução de 1932, a qual registrou para a História os esforços paulistas em busca de uma Constituição adequada para o Brasil e maior abertura democrática.

“É uma honraria máxima da Casa, que leva o nome do nosso presidente à época, tido como herói em todos os aspectos, não só em 1932, em favor da Democracia e contra a Ditadura Vargas, mas sobretudo pelo protagonismo que proporcionou à ACSP naquele momento e que persiste através dos tempos”, explicou Khoury.

A ACSP, presidida, em 1932, pelo paulista Carlos de Souza Nazareth, que na época tinha apenas 33 anos de idade, não só apoiou seus associados, como deu retaguarda àqueles que iam para as fileiras armadas durante o levante daquele ano.

A entidade organizou a arrecadação de donativos, suprimentos e controlou a distribuição de material bélico, coordenando também a “Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo”, que tinha por objetivo socorrer o Tesouro Paulista e dar sustentação ao exército revolucionário.

Com o fim da Revolução, considerado o maior movimento armado da história do Estado de São Paulo, Nazareth foi preso e deportado para Portugal, na companhia de outros líderes paulistas, regressando ao Brasil somente dois anos depois. Antes de partir para o exílio, ele enviou telegrama aos seus companheiros da ACSP, concluindo sua mensagem com uma exortação, que até hoje norteia a atuação da entidade: “NÃO ESMORECER PARA NÃO DESMERECER”.

SOBRE OS AGRACIADOS COM O COLAR

Escola Politécnica da USP

A Poli, com mais de um século de história, vem formando gerações e gerações de engenheiros, e é referência nacional, considerada a mais completa faculdade de Engenharia da América Latina. A escola se notabiliza como um centro que participa e articula ativamente ações junto aos setores públicos e privados, para o desenvolvimento tecnológico e social do Brasil.

Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

O Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo foi fundado em 1894, e, ao longo de seus 130 anos, tem promovido a pesquisa, o estudo e a divulgação da História, da Geografia e das Ciências correlatas, com especial atenção para a capital paulista e estado de São Paulo. Além disso, vem se destacando na defesa e preservação da memória e das tradições paulistanas e paulistas.

Rotary Club de São Paulo

Rotary Club São Paulo iniciou suas atividades no estado em 13 de fevereiro de 1924 e, desde então, tem como premissa uma atuação focada na busca pelo progresso constante, formando opinião junto à sociedade. O Rotarismo prega a paz e a harmonia, e tornou-se, em 100 anos, uma ferramenta preciosa a serviço da Democracia brasileira e contra a ditadura getulista.

O Rotary se tornou um dos mais importantes clubes da América Latina e do mundo, proporcionando ao Distrito 20 governadores, que serviram tendo como meta “Dar de si antes de pensar em si”.

Veja as fotos: flic.kr/s/aHBqjBAWiX

Por ACSP