
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) recebeu, nesta quinta-feira (29), a candidata do partido Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena. Na oportunidade, a convidada participou do tradicional Ciclo de Debates, organizado pela entidade, onde teve a oportunidade de apresentar as suas principais propostas à cidade, além de responder perguntas dos representantes da Associação Comercial e dos demais convidados que acompanharam o evento.
“Quero agradecer a presença de todos em nosso Ciclo de Debates. É um prazer receber, hoje, a candidata Marina Helena, que eu já tinha uma boa referência por conta do seu trabalho junto ao ministro Paulo Guedes”, disse o presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine.
Marina Helena iniciou a sua exposição apresentando-se aos presentes e falando, brevemente, sobre a sua trajetória, relatando que cresceu na periferia do Maranhão e mora na capital paulista há 20 anos.
“Como várias outras pessoas que migraram para nossa cidade em busca, de fato, de oportunidade, com grandes sonhos e muita vontade de trabalhar e fazer a diferença”, apontou. “São Paulo, afinal de contas, para mim, sempre foi isso, uma terra de possibilidade, de gente que sonha grande e que quer conquistar esses sonhos por meio do trabalho duro e honesto”.
Economista, Marina contou ainda ter trabalhando por 14 anos no mercado financeiro e, neste período, estudou a economia de outros países, constatando o contraste do crescimento entre o mundo e o Brasil. “Quando a gente olha a economia brasileira, por habitante, subiu, em torno, de 30%. O resto do mundo aumentou 130%”.
Sobre as suas ideias para a cidade de São Paulo, a candidata afirmou que o seu plano de governo passa por dois pilares essenciais: transparência radical e revisão de contratos. No primeiro, ela pretende implementar um plano de governança que permita maior clareza e fiscalização sobre os contratos e gastos públicos, garantindo que a população tenha acesso às informações necessárias para cobrar resultados.
Entre os exemplos apresentados, ela destacou a atuação das Organizações Não Governamentais na região denominada Cracolândia. “Não sei se os senhores sabem, mas são mais de 90 ONGs, hoje, operando na Cracolândia. A pergunta era: o que faz cada uma dessas organizações e quais são os resultados para a nossa sociedade?”, declarou. “Então, o primeiro ponto é esse, vamos dar transparência radical”.
O segundo ponto citado pela convidada é a revisão de todos os contratos existentes para alinhar os incentivos, assegurando que as empresas sejam remuneradas pela qualidade do serviço prestado e não apenas pelos custos envolvidos. “Atualmente, boa parte dos contratos são por custo. Então, a empresa de asfalto é remunerada pelo tanto de asfalto que ela gasta, e não por fazer um bom trabalho e evitar buracos”, salientou.
Outra proposta apresentada foi o Bairros no Capricho, que permite comerciantes e moradores de uma área se organizem para melhorar suas comunidades. “Seria algo que acontece muito lá fora, conhecido como BID, Business Improvement Districts. Se a gente fosse traduzir aqui para o Brasil, seria área de revitalização compartilhada”, explicou.
A iniciativa permitiria aos moradores e comerciantes de uma determinada área da cidade destinassem parte da arrecadação do IPTU para a realização de melhorias locais, sem depender da administração municipal. “Vocês podem se organizar dentro dos seus bairros e destinar parte dos impostos para fazer melhorias no bairro, sem depender da Prefeitura”.
Ela ainda mencionou as vantagens da Lei da Liberdade Econômica, que visa reduzir a burocracia e facilitar a abertura de negócios, permitindo que empreendedores operem com menos restrições. “Não é só ter uma boa lei, você precisa fazer com que aconteça. O que ela diz, por exemplo? Que qualquer comércio de baixo risco não precisa de alvará”.
Além disso, ela criticou o modo de fiscalização que trata os empreendedores como criminosos. “O número de denúncias que a gente recebeu, andando pela cidade, do que está acontecendo de extorsão dos nossos comerciantes, dos nossos empreendedores, é uma coisa absurda”, revelou.
Na educação, Marina disse que planeja promover 100% de alfabetização no primeiro ano do Ensino Fundamental e trazer escolas particulares para administrar escolas públicas, premiando professores que melhorarem a aprendizagem.
Para a saúde, a candidata do Novo promete garantir que exames e consultas sejam realizados em até 30 dias, com a possibilidade de utilizar a rede privada caso o prazo não seja cumprido. Já a sua proposta para a segurança, ela implementará uma política de tolerância zero em relação à criminalidade e promoverá a contratação de segurança privada em áreas onde a Prefeitura não conseguir garantir segurança.
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Por ACSP - 29/08/2024