NEU/CPU debate a “Expansão do Metrô: o caso do Largo da Batata”

Na quinta-feira (25), o Núcleo de Estudos Urbanos (NEU), do Conselho de Política Urbana (CPU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizou a palestra “Expansão do Metrô: o caso do Largo da Batata”, ministrada pelo arquiteto Luiz Antonio Cortez Ferreira, gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô de São Paulo.

Compuseram mesa Rogério Amato, presidente do Conselho Superior da ACSP; Alessandro Azzoni, coordenador-adjunto responsável pelo CPU e NESA, representando o vice-presidente da ACSP e coordenador CPU, Antonio Carlos Pela; Antonio Carlos Stefano, coordenador-adjunto especial da CPU; e Valter Caldanha, coordenador-adjunto responsável pelo NEU.

Amato deu boas-vindas aos participantes e ao palestrante. “O metrô representa a força do Estado de São Paulo e do nosso país”. 

Azzoni justificou a ausência de Antonio Carlos Pela, que passou por uma cirurgia e está de licença médica. “A ACSP, junto a CPU, sempre esteve à frente das questões urbanísticas de São Paulo, buscando as melhores alternativas e soluções para o desenvolvimento da cidade, principalmente em relação ao Largo da Batata”, ressaltou.

Caldanha pontuou que o NEU retomou um caminho de aprofundamento de algumas questões envolvendo diretamente o desenho da cidade, apropriação do território e a qualificação do munícipio. “Estamos muito preocupados com o conjunto de decisões que estão sendo tomadas na cidade, que tem se mostrado desarticuladas”.

Beatriz Messeder S. Jabout, coordenadora de Política Urbana, do CPU, apresentou um histórico sobre o Largo da Batata, destacando que, na recente consulta pública da Prefeitura de São Paulo, os participantes sugeriram a criação de um concurso público de Arquitetura para desenho de um projeto para o local, além da inclusão de mais áreas verdes, estruturas cobertas, bancos e mesas confortáveis, implantação de quadra poliesportiva, entre outras propostas de melhorias.

Ferreira iniciou sua apresentação informando sobre o planejamento da extensão da rede com o avanço dos estudos da futura Linha 22 – Marrom, que deverá ligar Cotia à capital paulista até 2039. “O projeto, considerado estratégico para a mobilidade da região metropolitana, terá, aproximadamente, 29 km de extensão, 19 estações e um pátio de manutenção, conectando bairros densamente povoados e corredores viários de grande circulação”.

De acordo com Ferreira, a nova linha será uma alternativa eficiente à rodovia Raposo Tavares, atualmente sobrecarregada pelo tráfego intenso de veículos. “Com perfil pendular, ou seja, maior fluxo de passageiros no sentido bairro-centro, a Linha 22 deve transportar até 678 mil pessoas por dia. Para atender a essa demanda, estão previstos 48 trens em operação”, destacou.

Serão cinco carros com 110 metros de comprimento e com capacidade de 1.274 passageiros, sendo 180 sentados e 1.094 em pé, tendo oferta de até 45.864 lugares na hora de pico. “Já temos os nomes das 19 estações graças a um estudo de nomenclatura e toponímia feito com moradores e frequentadores do local da futura instalação”.

O trajeto contemplará conexões estratégicas com outras linhas, como a Linha 4-Amarela (ViaQuatro), a Linha 9-Esmeralda (ViaMobilidade), a Linha 2-Verde e a futura Linha 20-Rosa, planejada para ligar a Lapa a Santo André.

Um dos destaques do projeto é a participação ativa da Universidade de São Paulo (USP). “Como o ramal contará com uma estação dentro do campus, a instituição colaborou com a definição da localização das estações e dos poços de ventilação, buscando minimizar impactos na rotina acadêmica”, ressaltou Ferreira.

Com previsão de ligar Cotia à zona oeste da capital em 38 minutos, a Linha 22-Marrom é vista como um divisor de águas para a mobilidade urbana da Grande São Paulo, integrando municípios vizinhos e oferecendo mais conforto e rapidez para quem depende do transporte público diariamente.

Fotos: https://flic.kr/s/aHBqjCvoHr

Por ACSP - 25/09/2025