O que é inflação e como ela afeta as finanças da sua empresa?

Na última quinta-feira (14 de julho), o Ministério da Economia anunciou a estimativa de inflação para 2022. O governo espera que ela encerre o ano com alta de 7,20%. — mais que o dobro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,5%. 

Mas, para quem empreende, o que isso quer dizer? Como a inflação alta afeta a rotina da sua empresa e por que você deve ficar de olho nesse tema? É o que vamos explicar a seguir. Vamos lá? 

O que é inflação? 

Em linhas gerais, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Na prática, quando ela aumenta, o poder de compra da população diminui. 

Quando fica fora de controle, este indicador torna o cenário econômico mais incerto, desestimula o investimento e, assim, prejudica o crescimento da economia. As pessoas e as empresas perdem noção dos preços relativos e, dessa forma, fica difícil avaliar se as coisas estão baratas ou caras.

É importante reforçar que a inflação não afeta igualmente a todos, mas pode ser sentida com mais intensidade pelas camadas menos favorecidas da população, que têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender desse cenário. Mas como isso funciona para as empresas?

 

Como a inflação impacta as finanças de uma empresa?

Antes de mais nada, é preciso entender que existem basicamente duas causas para o aumento dos preços: a inflação de oferta e a de demanda.

Se os insumos necessários para certa produção ficam mais caros, por exemplo, isso acarreta em um aumento da inflação que impacta diretamente as empresas. Além disso, o excesso de procura por algum produto ou serviço também aumenta os preços.

Com a inflação mais alta, os custos de matéria-prima também tendem a subir, elevando os gastos com a fabricação de produtos, fornecedores e toda a cadeia produtiva.

De modo geral, os pequenos negócios são o grupo mais sensível às variações dos preços. Isso porque o aumento dos custos de produção e manutenção podem diminuir significativamente o volume de vendas. 

Já os negócios de produtos e serviços não essenciais também sofrem com a alta inflação, porque a prioridade das pessoas passa a ser comprar itens básicos em vez daqueles não essenciais. 

Os negócios de produtos importados, por sua vez, são afetados diretamente pela desvalorização da moeda, que reflete no bolso dos clientes também de forma direta.

 

Como as empresas podem compensar os efeitos da inflação?

Especialmente nos períodos de inflação mais alta, é preciso enxergar novas oportunidades de negócio e alternativas para driblar os efeitos negativos. Algumas delas são: 

  • Repassar os aumentos de preços
    O aumento nos preços permite que o negócio compense os efeitos da inflação à medida que os custos são repassados para o produto ou serviço. Dessa forma, é possível manter o fluxo de caixa saudável. 

 

  • Reduzir custos  e controlar despesas financeiras e administrativas
    Outro ponto de compensação para contornar os efeitos da alta inflação é a capacidade de reduzir os custos que não geram receitas e não são estratégicos no momento. Que tal fazer esse exercício na sua empresa? 

Ainda pensando em aprimorar a gestão das despesas financeiras e administrativas, vale a pena considerar a adoção de tecnologias que favoreçam a automatização de processos e facilitem a rotina da empresa para que os colaboradores foquem nos objetivos mais estratégicos.

Por ACSP