São Paulo, 16 de agosto de 2023. O coronel e historiador Luiz Eduardo Pesce de Arruda foi o palestrante da reunião mensal do Conselho de Civismo e Cidadania da ACSP (COCCID), realizada no dia 15 de agosto, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP). Além do coordenador do COCCID, Samyr Nahkle Khoury, e dos membros do Conselho, estiveram presentes o Subprefeito da Sé, Coronel Álvaro Camilo, o vice-presidente da IHGSP, Malcon Dale Kiger, e a Diretora Cultural Cristiane Carbone.
Na abertura do evento, o coordenador do COCCID falou sobre a importância da parceria da ACSP com as instituições que estão no Centro, lembrando que a luta de todos pela revitalização da região é cada vez mais fundamental para o cidadão da cidade de São Paulo. ”O centro pertence a todos nós”, afirmou Khoury.
O coronel Álvaro Camilo explanou em seguida e também agradeceu ao apoio que a subprefeitura da Sé tem recebido da ACSP. “A ACSP tem nos ajudado e apoiado nas ações no centro histórico. Queremos um centro da cidade que possa receber todos com qualidade de vida, segurança e atrações culturais, trabalho que já estamos iniciando em vários pontos da região”, explicou o coronel.
O cônsul do Paraguai em São Paulo, Luiz Fernando Ávalos, também compareceu ao evento lembrando que os paraguaios têm uma visão negativa dos bandeirantes. “Hoje estou conhecendo o outro lado dessa história, tão importante para o estado de São Paulo e para o Brasil”. Ávalos acompanhou, recentemente, a visita do novo presidente do Paraguai, Santiago Penã à ACSP, onde foi recebido pelo presidente Roberto Matheus Ordine.
Palestra
Em sua palestra o Coronel Arruda mostrou como foi construída a imagem que conhecemos dos bandeirantes, personagens que viveram no século XVI e XVII, e que em expedições, conhecidas como Bandeiras, entraram no sertão brasileiro.
Ele lembrou que no decorrer da História de São Paulo e do Brasil a imagem dos bandeirantes foi se modificando e sendo reconstruída pelos historiadores e ilustradores: “nos acostumamos com os bandeirantes vestidos com as roupas europeias, com botas, chapéus e outros acessórios, mas na realidade eles andavam descalços, usavam facas, para adentrar nas matas à procura de pedras preciosas e de indígenas, estes utilizados como mão de obra escravizada”, explicou o coronel.
O coronel falou também sobre a mudança da mão de obra escrava com a chegada dos imigrantes europeus, no século XIX, e a afirmação do Estado como o mais importante do ponto de vista econômico, político e social, no início do período republicano. Álvaro Camilo lembrou também da importância da Revolução de 1932, um dos momentos mais emblemáticos e dramáticos da história de São Paulo: “O Movimento Constitucionalista de 1932 faz parte da nossa História e contribuiu para reafirmar São Paulo como o Estado mais importante do País”.
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Por ACSP