
Desde que foi implementado, em outubro de 2020, o Pix tem feito sucesso entre os brasileiros graças à sua praticidade para fazer pagamentos e transferências. Agora, o Banco Central anunciou que irá implementar, no dia 29 de novembro, mais duas funcionalidades para o Pix: o Pix Saque e o Pix Troco.
Mas você já sabe o que são esses novos serviços e como eles devem funcionar? A seguir, explicaremos mais detalhes sobre cada um. Confira:
Pix Saque
Com o Pix Saque, todos os clientes que possuem chaves Pix cadastradas poderão realizar saques em um dos pontos que oferecem o serviço. Segundo o Banco Central, esses pontos poderão ser estabelecimentos comerciais, redes de ATMs compartilhados e participantes do Pix, por meio de seus ATMs próprios.
Para ter acesso ao valor em espécie, o cliente só precisará fazer um Pix para o chamado “agente de saque”, de modo similar à dinâmica de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
Pix Troco
No Pix Troco, a dinâmica é bem parecida. O que muda é que o saque de recursos em espécie pode ser feito durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque) e, no extrato do cliente, aparecerá o valor correspondente ao saque e ao valor da compra.
Todos serão obrigados a aderir?
Não. Assim como tem sido com o Pix, as novas funcionalidades desse meio de pagamento são de uso opcional. A decisão final cabe aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de ATMs e às instituições financeiras que possuem seus próprios ATMs.
Ao anunciar a novidade, o Banco Central informou que o limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia e de R$ 100,00 no período entre as 20h e 6h. No entanto, os ofertantes dos novos produtos do Pix poderão escolher trabalhar com limites inferiores a esses valores caso considerem mais adequado.
Benefícios
O desenvolvimento das novas funções do Pix tem como objetivo trazer ainda mais praticidade aos consumidores, pequenos lojistas e estabelecimentos comerciais como um todo.
A ideia é fazer com que os brasileiros passem a contar com mais alternativas disponibilizadas pelo Pix mais opções de acesso ao dinheiro físico quando quiser, já que os saques poderão ser feitos em diferentes lugares — como padarias, lojas de departamento, supermercados entre outros — e não apenas em caixas eletrônicos.
Custos
De acordo com o Banco Central, clientes pessoas naturais (incluindo empresários individuais) poderão realizar até oito transações mensais do Pix Saque e/ou do Pix Troco sem pagar tarifas.
Já os estabelecimentos que disponibilizarem o serviço do Pix Saque e do Pix Troco vão receber tarifas entre R$ 0,25 e R$ 0,95 por transação. O valor vai depender da negociação com a sua instituição de relacionamento. Na prática, a instituição de relacionamento do usuário sacador é quem fará o pagamento dessa tarifa.
Em nota, o BC declarou que “a oferta do serviço diminuirá os custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços”. O projeto é estimular a digitalização da sociedade nos sistemas financeiro e de pagamentos, como prevê a agenda do BC no quesito competitividade.
E você? O que achou da novidade? Pretende que ela faça parte da rotina do seu comércio?
Por ACSP - 29/10/2021