Plano Safra: juros altos e recursos para equalização preocupam setor produtivo, avalia Conselho do Agro da ACSP

A manutenção da taxa Selic em 13,75% preocupa o setor produtivo rural em relação às condições de juros para o Plano Safra 2023/24, em particular para os pequenos e médios produtores, avalia o coordenador do Conselho do Agronegócio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Cesario Ramalho. 

Neste cenário, aumenta o tamanho da verba governamental necessária para equalizar - amortecer - os juros do financiamento agrícola dentro do Plano Safra, que tradicionalmente sempre traz taxas menores se comparadas à Selic.

Entretanto, segundo Ramalho, o orçamento da União é curto, o que torna desafiadora a elaboração do Plano do próximo ciclo também em relação ao volume de recursos que pode ser destinado à equalização. Esta situação vem sendo recorrente nos últimos anos. 
 
"O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que é produtor, está ciente do quadro, e vem demonstrando empenho para endereçar a questão. Nossa expectativa é que a equipe econômica, que tem a missão de sanear as contas públicas em consonância com o investimento estatal, acolha no novo Plano Safra as legítimas demandas favoráveis ao financiamento agrícola".
 
 

Por ACSP