Secretário de Política Agrícola faz palestra em reunião do Agro

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, participou na quarta-feira (12) da reunião do Conselho do Agronegócio com uma ampla apresentação sobre as ações do Ministério, incluindo detalhes do Plano Safra e a abertura de novos mercados para as commodities brasileiras.

Além do palestrante, a mesa contou com o presidente Roberto Mateus Ordine, e o coordenador do Conselho do Agronegócio da ACSP, Cesário Ramalho.

Ordine destacou a trajetória de Campos, ligada às associações comerciais, como presidente da associação de Campinas e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “A reunião do Conselho do Agro sempre traz boas notícias sobre o setor, e receber Guilherme Campos, que iniciou sua vida pública na ACSP, é uma grande satisfação. Ao lado do ministro Fávero, ele vem realizando um trabalho excepcional no Ministério da Agricultura”, disse.

Uma história de sucesso

Campos iniciou sua apresentação falando sobre os objetivos do plano Safra e como ele contribui para a inovação na produção, simplificação documental, alinhamento às transformações tecnológicas, ganho de escala e competividade, entre outros benefícios. “O principal é sem dúvida o acesso ao crédito rural subsidiado para financiar todas as etapas da produção a modernização do maquinário agrícola, o aprimoramento da infraestrutura de armazenagem e o incentivo às práticas sustentáveis. Hoje temos 29% de áreas preservadas nos diversos biomas de áreas produtivas e a COP30 é um bom momento para mostrar ao mundo que a agricultura brasileira é sustentável”, afirma.

Plano Safra
O plano Safra prevê recursos da ordem de R$ 516 bilhões para o financiamento da agricultura empresarial no plano SAFRA 2025/26, lançado em julho último, um aumento de R$ 8 bilhões, em relação ao anterior, com mais recursos para o pequeno produtor, investimentos em tecnologia e renovação dos sistemas produtivos. Campos também destacou a importância da pesquisa agrícola como motor das grandes transformações pelo qual passou o setor do agronegócio brasileiro, desde os anos 1960, especialmente a partir da criação da Embrapa, nos anos 1970, segundo o secretário, uma verdadeira revolução considerando o grande desafio de produzir em larga escala num País tropical. “Até os anos 1960, o Brasil importava alimentos e sofria de insegurança alimentar”. Ele lembra que investimentos em pesquisa permitiram a tropicalização de variedades vegetais e raças animais. A tecnologia transformou solos ácidos e pobres em solos férteis”, lembra Campos. “A partir dos anos 2000, o foco foi o desenvolvimento de uma plataforma de produção sustentável com baixa emissão de carbono”, completou.

Novos mercados
O secretário também salientou como o Ministério vem trabalhando novos mercados para os produtos brasileiros. “Já abrimos cerca de 488 novos negócios nessa gestão com abertura de mercados para produtos brasileiros em países da Ásia, África e Américas, por exemplo, carne bovina no Vietnã e México, sorgo e gergelim na China, e aves na Indonésia”.

Seguro

Em primeira mão, o secretário anunciou que está sendo negociado com o Ministério da Fazenda um novo modelo de seguro rural que possa atender adequadamente o mercado do agro. “O ministro Fávaro se reuniu com o ministro Fernando Haddad para propor mudanças no seguro. Estamos trabalhando para criar um sistema com alíquotas únicas para os produtores, inclusive o paramétrico, modalidade em que a indenização é calculada a partir de indicadores pré-definidos de volume de chuvas ou temperatura. Guilherme Campos encerrou sua fala destacando papel fundamental da pesquisa agrícola, destacando o grande avanço da agricultura brasileira. “Hoje o Brasil é o supermercado do mundo”, encerra.

Veja as fotos: https://flic.kr/s/aHBqjCAys1

Por ACSP - 13/11/2025