Senador Esperidião Amin palestra sobre Cibersegurança na ACSP

O Conselho Consultivo das Entidades Representativas Parceiras, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sediou, na quinta-feira (31), a palestra “Cibersegurança e Defesa Cibernética”, realizada pelo presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética do Senado, senador Esperidião Amin.

Na reunião, ele falou que é preciso entender a realidade e o impacto das ameaças cibernéticas, preparando a sociedade para a defesa digital, além da necessidade de promover o compartilhamento de informações e estabelecer uma conexão sólida entre o governo e a iniciativa privada para enfrentar os desafios da cibersegurança.

O palestrante debateu alguns dos riscos e os impactos de ataques cibernéticos em setores cruciais, entre eles, saúde e aviação. Um dos exemplos citados foi o apagão cibernético ocorrido em julho de 2024, que provocou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. “No ano passado, nós tivemos aquele apagão no sistema aeronáutico americano de um dia, foi um programa de proteção da CrowdStrike que facilitou", disse. “Levaram oito dias para consertar, cinco mil voos não aconteceram, e os passageiros ficaram onde estavam”, expôs.

Amin mencionou que, hoje, o setor da saúde é um dos mais visados ao lembrar do ataque a um hospital de Londres, em 2022, causando interrupção do sistema e afetando diretamente a operação de serviços essenciais, como cirurgias e consultas, levando a atrasos significativos na assistência médica. “Demonstra que já existe uma especialização [nos ataques]”, enfatizou. “Em um dia, foram interrompidas 800 cirurgias e 900 consultas”.

O senador informou que já são vistos um aumento significativo dos custos relacionados à defesa cibernética, tornando-se uma parte significativa do orçamento operacional nas empresas desses setores. Além disso, ele sugeriu que fossem criadas instituições de defesa cibernética, como alguns países já fizeram.

Tarifaço dos Estados Unidos

O senador Esperidião Amin fez um breve relato sobre a missão oficial do Senado nos EUA com parlamentares norte-americanos para tratar da tarifa de importação de 50%. Ele ressaltou a importância da mobilização política entre empresários, trabalhadores e a imprensa para apoiar iniciativas de diplomacia parlamentar e melhorar a relação entre os países.

No encontro, a missão buscou demonstrar aos representantes americanos o que seus estados compram do Brasil, lembrando dos interesses em comum e da longa relação comercial entre os países, de 206 anos. Os senadores brasileiros lembraram que alguns produtos, por exemplo, suco de laranja e a Embraer, são exportações cruciais aos EUA.

Sobre a ida aos Estados Unidos, o senador, que integrou a comitiva, declarou que “os estragos são menores do que se anunciava e os desafios são maiores do que se imaginava”. Entre os pontos de atenção que precisam ser observados pelo governo brasileiro estão a agilidade e clareza nas estratégias de negociação, e estar informado das novas legislações que podem ser aprovadas e com potencial de afetar os negócios brasileiros, como as restrições impostas a quem tem relações comerciais com a Rússia.

Também compuseram a mesa Alfredo Cotait Neto, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB); Luiz Flavio Filizzola D´Urso, coordenador-adjunto do Conselho de Segurança Cibernética e de Dados Pessoais (CCIBER); Renan Luiz Silva, superintendente de Serviços Institucionais; e Marco Aurélio Bertaiolli, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Veja as fotos: flic.kr/s/aHBqjCp7re

Por ACSP - 01/08/2025