Nesta manhã (13), o presidente Roberto Mateus Ordine recebeu, em seu gabinete, Sérgio Luis Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), e formalizou convite para a entrada da SRB como nova membro do Conselho Consultivo das Entidades Representativas Parceiras. Ordine, junto ao superintendente de Serviços Institucionais, Renan Luiz Silva, explicou o funcionamento e estrutura do Conselho e debateu algumas pautas de interesse das entidades parcerias, como a reforma tributária, jornada de trabalho, ESG (Environmental, Social and Governance), entre outras.
“A SRB é um agente importante para a defesa do agro, setor forte e essencial para o desenvolvimento do Brasil. A ACSP está muito honrada com essa aproximação e parceria”, disse Ordine. Bortolozzo, que já é membro do Conselho do Agronegócio da Casa, agradeceu e aceitou o convite para representar a SRB no Consultivo: “Essa é uma grande e louvável iniciativa da ACSP, que a SRB apoia e quer contribuir. Convite aceito! Estamos muito honrados em participar”, declarou.
Durante todo o encontro, ambos os presidentes trataram, sobretudo, de pautas relacionadas ao agronegócio brasileiro, compartilhando os desafios atuais do setor, como a taxação do governo do presidente norte-americano Donald Trump. “Não sabemos ainda se é somente uma estratégia momentânea ou se, de fato, é uma política tributária que o Trump quer estabelecer. Se ele está fazendo isso até com amigos, como o Canadá, imagine com a gente”, desabafou Bortolozzo.
Outro tema discutido, dentro do agro, foi a pouca interlocução do segmento no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diferentemente de como foi o relacionamento em seu primeiro governo (2003-2006). Ele ainda acrescentou sua visão acerca do Ministério da Agricultura e Pecuária: “O [Ministro Carlos] Fávaro é sensacional, mas tem um ministério muito fraco. Até tiraram dele a CONAB [Companhia Nacional de Abastecimento]. Estamos vivendo um momento de tensão”.
Na sequência, o presidente da SRB compartilhou com Ordine sua visão acerca da desoneração total dos produtos por causa da inflação, o que para ele “vai contra ao que o mundo está pregando” e tende, com o tempo, diminuir a competitividade do agronegócio brasileiro.
Bortolozzo confidenciou ainda que a SRB, “patrimônio moral do agronegócio”, estará na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém, via Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para participar de debates sobre o setor, nas chamadas “agrizones” do evento. Ele foi só elogios ao presidente da COP-30, André Corrêa do Lago, o qual, segundo compartilhou, foi indicado pelo agro numa manobra de bastidor, que apontou-o como sendo uma escolha da diplomacia brasileira. Renan Luiz anunciou que está prevista visita de Corrêa do Lago à ACSP entre os meses de abril e maio.
E, por fim, o presidente da SRB citou um avanço em inovação, no Brasil, com a Lei 15.070/2024, dos bioinsumos, produtos naturais utilizados em substituição a defensivos e outros químicos como a compostagem. Segundo ele, hoje, 30% do café e 50% do eucalipto produzidos no País são fertilizados com compostagem, fazendo com que cumpramos a exigência global ESG e diminuindo custos.
Arnédio de Oliveira, superintendente de Apoio Institucional, também participou do encontro.
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SOBRE A SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA – SRB
Fundada em 1919, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) é uma associação de produtores rurais que trabalha, há mais de cem anos, na representação política em defesa do setor agropecuário para o desenvolvimento do Brasil.
A entidade é um espaço propositivo na busca de soluções e em defesa de pleitos dos produtores rurais para assegurar a valorização, a eficiência e competitividade do agronegócio brasileiro.
Por ACSP - 13/03/2025