VENDAS DO VAREJO CONTINUAM FRACAS NO INÍCIO DO ANO
Em janeiro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) cresceu subiu 1,9%, frente ao mesmo mês de 2018 (ver tabela abaixo).
Já, o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, apresentou alta de 3,5%, na mesma base de comparação. Os acumulados de 12 meses apresentaram aumentos de 2,2% e 4,7%, respectivamente, continuando a desacelerar em relação às leituras anteriores.
Em relação a janeiro do ano passado, os segmentos do varejo exibiram perfil desigual, com elevação daqueles associados a consumo de itens de primeira necessidade, tais como supermercados e farmácias, e queda nas vendas de produtos de maior valor e de natureza prescindível, tais como móveis e eletrodomésticos e vestuário e calçados. Esses resultados refletem a conjuntura de elevado desemprego, baixo crescimento da massa salarial, além da piora das condições de crédito. No varejo ampliado, destacaram-se as vendas de veículos, cuja alta, porém, ainda é bastante inferior ao recorde registrado em junho de 2012.
Em síntese, o varejo inicia o ano apresentando fraco desempenho. A perspectiva para os próximos meses é de maior crescimento das vendas, desde que se realize o ajuste fiscal, gerando maior criação de empregos e salários mais elevados, mantendo a confiança do consumidor no campo otimista.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal