SETOR SERVIÇOS INTENSIFICA RETOMADA EM MAIO
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio, o volume de serviços prestados apresentou alta de 1,2%, livre de efeitos sazonais, próxima às previsões de mercado.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, houve elevação recorde de 23,0% (ver tabela na página seguinte), mais intensa que a registrada na leitura anterior, como pode ser visualizado no gráfico abaixo. Nos últimos 12 meses, continuou havendo recuo, que alcançou a 2,2%, embora progressivamente menos acentuado.
O forte crescimento anual se explicaria fundamentalmente pela menor base de comparação de 2020, mas também refletiria os efeitos positivos da redução do isolamento social, da maior geração de empregos e do aumento da renda das famílias, propiciado pela volta do auxílio emergencial, ainda que em menor valor e com menor alcance.
Nessa mesma base de comparação, todas as cinco atividades consideradas na PMS mostraram expansão, com destaque para os serviços prestados às famílias, notadamente hotéis, restaurantes, bufês e atividades de condicionamento físico, segmento fortemente caracterizado por atendimento presencial, que foi muito afetado pelo isolamento social no início da pandemia.
Também se destacaram transportes, principalmente de tipo terrestre e aéreo, serviços profissionais, administrativos e complementares, impulsionados pelos serviços de administração e engenharia e serviços de informação e comunicação, com crescimento de portais de internet, serviços de busca e suporte técnico de tecnologia da informação. Outras contribuições positivas vieram do ramo de outros serviços, por corretagem de títulos e valores imobiliários, apoio ao desenvolvimento florestal e recuperação de plásticos. Em particular, o agregado do turismo apresentou forte crescimento na comparação com maio do ano passado.
Em síntese, em maio, os serviços seguem apresentando recuperação, embora menos intensa que nos casos da indústria e do comércio. A perspectiva para os próximos meses é positiva, não somente pela fraca base de comparação de 2020, mas também devido ao avanço da vacinação, que permitirá flexibilização ainda maior das medidas de isolamento social, permitindo o retorno paulatino das atividades do setor à normalidade.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal