Em fevereiro, de acordo com a pesquisa mensal industrial (PMI), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade industrial cresceu 0,2% em relação ao mês anterior, ficando abaixo das expectativas de mercado (0,5%).
Em relação a fevereiro de 2017, a alta foi de 2,8% (ver tabela abaixo), também inferior ao esperado, e bem abaixo da variação registrada em janeiro, na mesma base de comparação (5,7%). De todo modo, trata-se do décimo aumento consecutivo. No primeiro bimestre e no acumulado dos 12 últimos meses, a produção física industrial apresentou expansão de 4,3% e 3,0%, respectivamente.
Na comparação com o segundo mês do ano passado, todas as quatro categorias consideradas na pesquisa anotaram elevação, com destaque para bens de consumo duráveis (15,6%), com o segmento veículos anotando a maior contribuição (16,8%), além de informática e eletroeletrônicos (29,2%), com destaque para a chamada “linha
marrom” (televisores, aparelhos de som e similares). Também houve maior produção de bens de capital (7,8%), principalmente direcionados a transporte (15,8%) e construção (52,8%). Na categoria de semiduráveis, a alta foi menos intensa (1,6%), com crescimento de alimentos e bebidas (4,1%) e queda no segmento de confecções(-7,5%).
Finalmente, também houve crescimento dos bens intermediários (1,5%), com destaque para peças de veículos (15,9%).
Em síntese, apesar dos resultados fracos de fevereiro, a perspectiva continua sendo de retomada da atividade industrial, que deverá ser intensificada pela continuidade da queda dos juros, já sinalizada pelo Banco Central, no contexto de taxas de inflação também abaixo do esperado.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal