De acordo com dados preliminares do Balanço de Vendas, elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o varejo da capital paulista avançou 6,2% nos primeiros quinze dias de fevereiroante o mesmo período de 2021. Se comparado com o mesmo número de dias úteis de janeiro, a alta foi de 3,3%. No entanto, de acordo com Marcel Solimeo, economista da ACSP, o resultado não pode ser considerado definitivo para o mês, pelo fato de fevereiro ter apenas 28 dias, pondera o economista.
Solimeo avalia que o crescimento em relação a fevereiro do ano passado reflete o aumentoque as vendas vêm apresentando a cada mês, pela maior movimentação na economia, melhora do emprego e abertura total do comércio. “Já quando comparado com os mesmos quinze dias de fevereiro de 2020, o indicador está 0,2% menor, mostrando que o varejo não se recuperou totalmente das perdas causadas pelo fechamento do comércio”, pontua.
Para o economista, a inflação ainda preocupa porque limita, especialmente, a aquisição de bens de menor valor. Por outro lado, no caso dos bens de maior valor, a taxa de juros prejudica o crediário duplamente, já que encarece os juros e o total da compra. “O consumo, nesse caso, está baseado em recursos extras injetados na economia, como o Auxílio Brasil e liberação dos recursos do fundo de garantia (FGTS)”, explica.
“Temos que continuar melhorando para atingir o patamar anterior à pandemia. Não há expectativa de um crescimento significativo porque a economia como um todo não crescerá de forma expressiva”, conclui.
Por ACSP