Vender e empreender

Ser vendedor não é fácil. Para conseguir bons resultados, é fundamental ter habilidade para se relacionar com pessoas e procurar atendê-las sempre da melhor maneira possível, ouvindo atentamente as suas necessidades e apresentando com clareza as soluções possíveis para elas. E, para converter esses esforços em vendas, o atendimento deve ser feito com muita qualidade.

Para a Elaine, isso nem é um desafio tão grande assim. Ela, que trabalha com vendas há mais de 20 anos, é a consultora comercial mais antiga da Associação, diz que “não se vê fazendo outra coisa” e que o relacionamento com os clientes é o que traz mais satisfação no seu dia a dia. “Eu gosto muito, por exemplo, de fazer visitas aos clientes. Esse contato permite que eu entenda por que eles precisam do meu serviço e estreite o nosso relacionamento. Isso é muito importante para gerar vendas e conseguir solucionar o problema deles de verdade”, ela conta. “A vantagem é que a Associação oferece um leque de produtos e serviços muito interessantes. Sem dúvida, isso faz com que o associado enxergue mais facilmente o nosso valor”, acrescenta.

Na ACSP, a Elaine, assim como outros consultores, é responsável pela gestão de uma carteira de clientes e também por prospectar novos. Essa rotina também envolve alguns processos administrativos, como registro de informações sobre os atendimentos e contratos gerados pelas vendas. “Todos os dados que a gente coloca no sistema são importantíssimos, são indicadores que a gestão precisa. Alguns profissionais que trabalham na área Comercial acham um pouco chato, mas como em toda profissão, existem atividades mais e menos prazerosas”, defende Elaine.

Metas: pressão ou incentivo?

Se para alguns consultores trabalhar com metas traz desgaste emocional e pressão exagerada, para Elaine, elas representam um estímulo. “Quando você decide exercer qualquer cargo na área de vendas, as metas vão fazer parte da sua vida, é muito natural. Então, para mim isso não é um problema, até porque nós sempre recebemos comissões por atingir as metas. E eu sempre encarei a comissão como uma oportunidade de conseguir oferecer coisas melhores às minhas duas filhas e de melhorar a minha vida também. Todos os meses eu tenho objetivos, e já fico pensando em quanto preciso vender para atingí-los”, diz.

Um passo para empreender

Algumas pessoas começam a empreender por necessidade, e outras, porque enxergam uma oportunidade de negócio. Elaine vivenciou um pouco das duas situações.

Ela queria fazer algo que lhe trouxesse uma renda extra e a ajudasse a pagar os estudos das filhas. Sua cunhada, Viviane, precisava de uma nova ocupação, pois foi demitida da empresa onde trabalhou como coordenadora de suprimentos por 15 anos logo após o período de licença-maternidade. Quando um amigo entrou em contato, uma oportunidade de negócio começou a se desenhar. “A gente tem um amigo em comum que fabrica sapatilhas e vende por um preço bacana. Aí eu falei: ‘Viviane, e se a gente revender?’ Comprei primeiro para experimentar, porque como eu ando bastante, tenho que usar um sapato confortável. Gostei e falei para a Viviane que eu achei legal, mas ainda não tinha certeza se queria revender”, relembra. “Mas, com o tempo, as ideias foram amadurecendo. Minha cunhada queria mais qualidade de vida, poder passar mais tempo com o filho dela e eu queria aumentar a minha renda. Então, a gente juntou tudo isso e deu certo, começamos o negócio”, ela conta.

Foto: Bianca Cavalcante

 

Hoje, Viviane e Elaine são sócias e, trabalhando juntas, conseguem bons resultados. Parentes, amigos e até os funcionárias da ACSP procuram a consultora para comprar sapatilhas, sandálias, rasteirinhas e sapatos de salto alto. Viviane escolhe os itens e faz prospecção para vender os produtos em empresas. Elaine compartilha as fotos dos sapatos com a sua rede de contatos e vende para os interessados. “Quando o pessoal fala que quer algum modelo, eu já pergunto a numeração e levo. Quando eu vendo para os funcionários da Associação, por exemplo, deixo o pessoal pagar só no dia que cai o salário, e por isso que a gente vende tão bem para as pessoas próximas. Pela praticidade e flexibilidade no pagamento”, explica Elaine. “Já chegamos a vender 200, 300 sapatilhas no mês, e a gente está muito feliz. Hoje a minha sócia vive disso e conquistou qualidade de vida para ela e para o filho de três anos. Para mim, esse negócio foi uma oportunidade de dar continuidade à vida acadêmica das minhas filhas, a Anne e a Eduarda”, comemora Elaine. “No começo, foi só uma tentativa para a gente ver se daria certo. E já fez um ano. Dá muito trabalho, às vezes eu fico para lá e para cá com sacolas enormes, mas o importante é que eu vendo bem”, acrescenta.

Negócio nos eixos

Para ter mais segurança, as sócias formalizaram o negócio. “Abrimos um MEI para poder emitir nota, fazer tudo direitinho”, conta. “Isso também é muito importante para a minha cunhada, porque, se ela precisar de algum benefício do governo, como auxílio-doença ou qualquer outro direito trabalhista, ela tem. Então a gente resolveu formalizar”, explica a consultora.

Ela conta que, de certa forma, o trabalho na ACSP também a auxilia na condução do próprio negócio. “O que mais me ajuda na Associação é a atualização de informações. A gente precisa estar sempre por dentro do que acontece, das mudanças para empresas, então eu também passo essas informações para a minha sócia e a gente está sempre atualizada”, ela conta.

Vida organizada

Elaine acredita que conseguir cumprir essa dupla jornada e ainda realizar as atividades domésticas só é possível com organização. “A rotina é cansativa, mas eu sou bastante chata com horários e organização. Então, se eu tenho que vender uma sapatilha amanhã, assim que eu saio do trabalho já busco o que eu preciso na casa da minha cunhada – onde fica o estoque – e deixo comigo, porque sei que fazer isso de manhã é mais complicado por conta do trânsito. Eu não fico enrolando”, ela conta. “Quando eu comecei o negócio e vi que estava fluindo bem, me preocupei ainda mais em me organizar, porque tenho consciência de que isso não pode atrapalhar o meu trabalho na Associação, ao mesmo tempo em que não posso deixar na mão os clientes que compram sapatilhas”, diz.

E você? Acha que, como a Elaine, também conseguiria conciliar mais de um trabalho? Se você pensa nessa possibilidade, pense bem e escolha fazer algo onde as suas habilidades possam ser aproveitadas. Em breve, você vai conhecer mais sobre outros colaboradores da ACSP. Até lá!

 

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Por ACSP