Como escolher o melhor empréstimo para sua empresa?

Seja para investir no crescimento da empresa, ajustar o capital de giro ou manter as contas em dia em períodos de maior aperto, o crédito pode ser um grande aliado para os empreendedores. No entanto, conseguir bons empréstimos e financiamentos nem sempre é uma tarefa fácil.

Desde que a pandemia da Covid-19 começou a ganhar força no Brasil, o acesso a crédito para pessoas jurídicas ficou ainda mais difícil. De acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante os três primeiros meses das medidas de isolamento, a proporção de empresários que buscaram crédito cresceu 8%. Contudo, apenas 14% dos empreendedores que pediram empréstimos foram aprovados. 

Mas, para conseguir sucesso, não basta ter a solicitação aceita: é preciso saber escolher as melhores ofertas de crédito para não prejudicar as finanças da empresa. 

Pensando nisso, listamos alguns pontos que merecem atenção na hora de escolher um bom empréstimo ou financiamento para o seu negócio. Confira, a seguir: 

 

Taxa de juros e CET

Quanto mais barato for o crédito, melhor, certo? E, para garantir que você esteja tomando um empréstimo ou fazendo um financiamento saudável, é fundamental fazer uma pesquisa detalhada e comparar as ofertas disponíveis para tomar a melhor decisão. 

De modo geral, os empréstimos com menores taxas de juros custam mais barato, mas, além dessa porcentagem, é preciso avaliar uma sigla muito importante: o CET, como é chamado o Custo Efetivo Total do crédito. 

Na prática, o CET é uma porcentagem que leva em conta a soma dos juros, encargos e todas as tarifas envolvidas no pagamento do crédito. Isso quer dizer que, ao comparar as ofertas da instituição financeira A e B, mesmo que o banco A ofereça juros mais baixos, o que vale é analisar o CET que ele aplica na operação e compará-lo com o CET do banco B. É isso que vai te mostrar qual opção é realmente a mais barata. 

Antes de aprovar um pedido de crédito, as instituições financeiras fazem uma análise para decidir se vão liberar o dinheiro e quais serão as condições oferecidas. Nessa avaliação, um dos critérios levados em conta é o risco de crédito. Isso quer dizer que quanto maior for o risco de inadimplência envolvido no negócio, maiores serão as taxas de juros aplicadas no crédito. 

Uma maneira de reduzir o risco para as instituições financeiras e conseguir empréstimos mais baratos é recorrer às modalidades de crédito com garantia. Por isso, além dos tradicionais empréstimos pessoais, pesquise por essas opções alternativas também. 

 

Prazo e valor das parcelas

Antes de solicitar qualquer tipo de crédito, é muito importante entender quais são as suas condições financeiras e o quanto você pode gastar com o pagamento das parcelas por mês. 

Com o desejo de quitar o empréstimo rapidamente, muitos empreendedores acabam contratando crédito em menos parcelas, o que torna o valor das prestações mais alto. Essa prática não é recomendada porque pode comprometer muito do orçamento mensal da empresa. Aí, nos meses de vacas magras, fica mais difícil honrar esse compromisso e o seu negócio pode acabar caindo na inadimplência. 

Na dúvida, se houver essa possibilidade, priorize ofertas de crédito que permitam o pagamento em prazos maiores. Assim, o valor das parcelas fica mais baixo e, nos meses em que as finanças estiverem melhores, você pode adiantar o pagamento de algumas prestações para reduzir os juros. 

Leia também | Empréstimo ou financiamento: qual é a melhor opção para a sua empresa? 


Por fim, vale ressaltar a dica de ouro: avalie a real necessidade de tomar crédito neste momento. Neste artigo, (link para o conteúdo sobre a Selic) falamos sobre os consecutivos aumentos da Selic nos últimos meses e explicamos como isso tem impactado o preço do crédito. Vale a pena conferir.

Por ACSP