Tenant Mix: você sabe o que esse termo significa?

Na hora de abrir ou expandir um negócio, uma das grandes preocupações dos empreendedores é encontrar um ponto interessante para a sua loja. E a maneira como ela estará disposta em meio aos outros comércios pode influenciar — e muito — o desempenho do seu comércio. Quer ver como?

Como consumidor, alguma vez você teve a sensação de entrar em um shopping em busca de uma loja específica e achar que está dentro de um labirinto de vitrines? Muita gente sim. E, entre um corredor e outro, o consumidor se depara com uma loja desconhecida e acaba fazendo uma comprinha de última hora.

Ao contrário do que muitos pensam, esse tipo de situação de compra não acontece “por acaso”. A disposição dos estabelecimentos é meticulosamente pensada pelas empresas que administram e comercializam lojas em shoppings – e tudo tem início antes mesmo do empreendimento sair do papel.

É o conceito de Tenant Mix (mix de locatários, em tradução livre), que se refere à atividade de analisar, organizar e distribuir comércios dentro do shopping. O objetivo dessa estratégia é garantir que cada shopping tenha marcas distintas, complementares e harmônicas para que o empreendimento seja atraente, competitivo e rentável.

Existe uma regra envolvida nos projetos de Tenant Mix?

Na verdade, não existe “receita de bolo” para essa estratégia. Tudo vai depender de alguns fatores como público-alvo, localidade e pontos de diferenciação do shopping center — e tudo isso deve ser avaliado de maneira muito cuidadosa para garantir que todos os comércios instalados terão um bom desempenho naquele local.

Para um shopping center que se encontra em uma região com muitas empresas ao redor, por exemplo, é recomendado que ofereça mais opções de alimentação e serviços que atendam aos profissionais que circulam nas redondezas. É o caso do Shopping Light, no centro velho da capital paulista.

Outra variável importante é o tamanho da loja, que também é escolhido deliberadamente. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) divulga o Plano de Mix, publicação que fornece sugestão de classificação dos diversos ramos de varejo.

As lojas âncoras são aquelas com mais de mil metros quadrados, de marcas muito conhecidas e que atraem grande fluxo de pessoas. Costumam ser de departamentos, vestuário, hipermercados, construção e decoração, entre outros. As semi-âncoras são similares, mas de porte menor, entre 500 e 999 m².

As megalojas são aquelas entre 250 e 499 m², especializada em determinada linha de produtos, com ampla variedade, como a Fast Shop. Há também as lojas satélites, espaços inferiores a 250 m², destinados ao comércio em geral.

Geralmente, marcas que têm o poder de atrair muitos consumidores são distribuídas nas extremidades do shopping, distantes umas das outras. Você já notou? Esse afastamento faz com que o fluxo de clientes seja distribuído e força a clientela a conhecer lojas menores.

Gostou de saber um pouco mais sobre como funciona a distribuição das lojas em shopping? Se você pensa em abrir um ponto comercial em um local assim, recomendamos que leia o artigo que preparamos sobre lojas de shopping e lojas de rua para conhecer os prós e contras de cada opção.

Por ACSP