Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2018, repetindo o mesmo desempenho do ano anterior. Na comparação com os mesmos períodos de 2017, houve desaceleração tanto no segundo trimestre, motivada pela greve dos caminhoneiros, como no quarto, causada pela incerteza eleitoral (ver gráfico abaixo). O resultado decepciona, porém, não surpreende, dada a fraqueza mostrada por outros indicadores de atividade ao longo do ano passado.
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados mostrou, em dezembro, queda de 0,2%, sobre o mesmo mês de 2017 (ver tabela abaixo), terminando 2018 sem praticamente mostrar variação em relação ao volume registrado no ano anterior (-0,1%). Contudo, apesar do “anêmico” desempenho anual, o setor segue tendência de lenta recuperação, após acumular contração de 11,4% entre 2015 e 2017.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não considera veículos e material de construção) mais uma vez frustraram as expectativas do mercado, aumentando somente 0,6% sobre o mesmo mês de 2017 (ver tabela abaixo). O varejo ampliado (que considera todos os setores) também se elevou menos do que o esperado, embora com maior intensidade, mantendo-se a mesma base de comparação (1,8%).
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou alta de 0,32%, menor ao esperado pelo mercado. Esse comportamento elevou levemente o resultado anual (variação acumulada em 12 meses), que alcançou 3,78% (ver tabela), que ainda assim permanece abaixo da meta anual perseguida pelo Banco Central (4,25%). As maiores contribuições de alta vieram dos grupos alimentação e bebidas e ônibus urbanos.
De acordo com o IBGE, em dezembro, a produção industrial recuou 3,6%, em relação ao mesmo mês de 2017. No acumulado em 12 meses, a produção do setor seguiu aumentando, porém, sem evitar a perda de intensidade, observada a partir do segundo semestre do ano passado. Assim, o setor termina 2018 com crescimento de 1,1%, desacelerando de forma importante em relação a 2017, cuja alta alcançou 2,5% (ver tabela abaixo).
Em novembro, o volume de serviços prestados apresentou alta de 0,9%, em relação ao mesmo mês do ano passado (ver tabela abaixo), com quatro das cinco atividades em alta. Em termos anuais (acumulado em 12 meses), a taxa foi de 0,0%, apresentando resultado de estabilidade. Desde abril de 2017, quando registrou queda de 5,1% o setor de serviços apresentou uma trajetória de recuperação lenta.