Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre a Selic, a taxa básica da economia definida pelo Banco Central para controlar a inflação. Mas, em meio a tantos termos complicados, é natural ter dificuldades para compreender como tudo isso funciona e, principalmente, como essa taxa muda a rotina dos consumidores e empresas. Quer entender mais sobre o assunto? Continue lendo e vamos te ajudar!
Todos os dias, pessoas fazem depósitos e saques nos bancos, que, no fim do expediente, podem ficar com dinheiro “sobrando” (se foram feitos mais depósitos) ou “faltando” (se houve mais saques).
Sempre que necessário, os bancos costumam pegar empréstimos de um dia entre si, e na hora de devolver, pagam uma diferença: os juros. A taxa usada para calcular os juros dessas operações é a taxa Selic.
Como a Selic é definida?
A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o COPOM, se reúne para avaliar como anda a atividade econômica do país e se a inflação está controlada. A partir dessas análises, é definida a meta para a Selic. “Nas últimas reuniões, por exemplo, essa taxa ficou em 2,25%. O Banco Central está vendo, agora, que a atividade econômica está bem fraca, a inflação está controlada, então não tem por que aumentar”, estima o economista da ACSP Ulisses Gamboa.
Por que a Selic afeta a nossa vida?
Primeiro, precisamos entender que, quando o Banco Central mexe na Selic, todas as outras taxas são, de alguma forma, influenciadas. “Isso acontece principalmente com a taxa de juros que os bancos cobram para fazer operações de crédito”, explica Ulisses. E o que isso significa? Que, quando a Selic aumenta, fica mais caro para os bancos financiarem o crédito que eles vão conceder. Como consequência, eles repassam esse aumento do custo para o cliente final. “É aí que a gente vê as taxas dos juros de cartão de crédito e do cheque especial aumentarem. Para as empresas, a taxa de juros do capital de giro também aumenta, e o empréstimo que o empresário precisaria para ampliar o seu negócio, pagar contas ou fazer qualquer tipo de investimento também ficará com taxas maiores”, esclarece o especialista.
Quando o Banco Central sobe os juros aumentando a taxa Selic, os financiamentos ficam mais caros e isso desestimula o consumo das famílias e o investimento das empresas.
É possível fazer previsões?
Segundo Ulisses Gamboa, nem mesmo os economistas podem prever os valores da Selic, mas é possível fazer estimativas observando outros indicadores econômicos e acompanhando as declarações do Banco Central. Aliás, ficar de olho no mercado não é importante apenas para os especialistas. O empreendedor também precisa estar sempre antenado para conhecer as taxas, tendências de consumo e, principalmente, como o setor em que a sua empresa atua está se comportando. Então, acompanhe os noticiários e compartilhe ideias com outros empresários para debater opiniões e trocar experiências. Nos eventos da ACSP, você tem acesso a conteúdos relevantes por meio de palestras, rodadas de negócio e diversas atividades que te permitirão conhecer empreendedores da região e até fazer parcerias.
Por que a Selic está baixa e os juros bancários não?
É verdade que, se a Selic diminui, os juros bancários também. Ao longo deste ano, tivemos recordes históricos de baixa na Selic, mas as taxas que envolvem os juros bancários ainda estão altos. Por que isso está acontecendo?
O nosso país ainda está em uma crise econômica muito séria. No Brasil, o índice de desemprego ainda é muito alto, e esse cenário aumenta as chances de inadimplência. Por esse motivo, mesmo tendo custos menores para ofertar crédito, os bancos ainda estão receosos em emprestar dinheiro: ou não emprestam, ou estabelecem taxas mais altas.
Existem alternativas para conseguir crédito com taxas menores?
Como os efeitos da baixa da Selic ainda não são suficientes para que os bancos ofereçam taxas atrativas, as fintechs, startups financeiras, têm se consolidado como uma alternativa para micro, pequenas e médias empresas que buscam linhas de financiamento de capital de giro.
Para competir com os bancos, muitas dessas instituições praticam taxas de juros mais baixas, além de oferecerem agilidade nos processos. É o caso do programa Vamos, parceria entre a ACSP e a Sicredi que oferece uma alternativa inteligente para o desenvolvimento de seus negócios, dando acesso a produtos e serviços financeiros com condições especiais.
Você chega mais longe com o apoio das pessoas certas.
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Por ACSP